Você já parou para pensar na origem da energia elétrica que chega na sua casa e pode hoje estar abastecendo o seu carro elétrico? Depois de recuar cerca de 1% em 2020 devido aos impactos da pandemia de Covid-19, a demanda global de eletricidade cresceu aproximadamente 5% em 2021 e deve crescer outros 4% em 2022 impulsionada pela recuperação econômica global.
A crescente demanda por eletricidade foi uma das principais razões pelas quais as emissões globais de CO2 do setor de energia atingiram níveis recordes em 2018. As energias renováveis estão se expandindo rapidamente devido a esforços coletivos com apoio de governos e iniciativa privada, mas não o suficiente para satisfazer a forte recuperação na demanda global de eletricidade, o que ameaça levar as emissões de CO2 do setor de energia novamente para níveis recordes em 2022.
Atualmente, a geração de eletricidade é a maior fonte de emissões de CO2 relacionadas à energia, representando 36% do total de emissões, segundo a Agência Internacional de Energia. Em 2021, 45% da demanda adicional de energia elétrica foi suprida por sua geração a partir de combustíveis fósseis e em 2022 combustíveis fósseis devem cobrir novamente 40% do excedente necessário, com a energia nuclear respondendo pelo restante. Como resultado, as emissões de carbono do setor elétrico, que caíram em 2019 e 2020, aumentaram 3,5% em 2021 e ainda devem aumentar 2,5% em 2022, o que as levaria a um novo recorde histórico.
Ano após ano, a parcela da população mundial com acesso à eletricidade vem crescendo: saltou de 83% em 2010 para 90% em 2019. Com a disseminação da eletrificação, o número de pessoas sem acesso caiu de cerca de 1,2 bilhão em 2010 para 759 milhões em 2019. Progressos contínuos foram feitos de 2017 a 2019, que culminaram no acesso à energia elétrica a 130 milhões de pessoas a cada ano, um pouco mais do que a média de 127 milhões de pessoas que obtiveram acesso a cada ano entre 2010 e 2017. Entretanto, as áreas rurais ainda representam 84% da população global que vive sem acesso à eletricidade, um total de 640 milhões de pessoas, segundo o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento.
Mesmo a energia elétrica suprindo a demanda de mais de 7 bilhões de pessoas todos os dias, a porcentagem de consumo pela população é de aproximadamente 30% do total produzido. O setor de indústrias e comércio são responsáveis por outros 35%, com o consumo principalmente impulsionado pelas empresas metalúrgicas, setor alimentício e comércio varejista. E, por fim, o agronegócio, utilizando os 35% restantes.
Desta forma, levará ainda algumas décadas para realmente se afirmar que carros elétricos não poluem o meio ambiente: As energias renováveis estão se expandindo rapidamente, mas não o suficiente para satisfazer a demanda global. Neste contexto, a Agência Internacional de Energia juntamente com seus 30 países membros e 8 países associados defendem políticas centrais para estabelecer a transformação do setor elétrico, de modo a alcançar a emissão zero de CO2 até o ano de 2050. Com as novas políticas e incentivos das instituições financeiras globais, a tendência é que investimentos importantes em fontes renováveis incrementem a matriz energética de geração de energia elétrica, tornando-a cada vez mais limpa ano após ano, o que já vem ocorrendo desde 2015, conforme pode ser verificado na Figura 1.
Figura 1: Mudanças globais na geração de eletricidade, 2015-2024 (IEA Electricity Market Report –
Jan. 2022).
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